Hora do ritual,
uma verdadeira pintura da natureza morta
Flores, enfeites, licores
Todo o corpo chupado será repartido
O sangue minguado, bebido
A terra clama pelo seu alimento
Abre as feridas
Dilacera a alma árida
Recusa todo o pecado, as sobras do fim
E o que se vê são olhos regando a terra
Duas luas cheias, exalta-se a fertilidade
A terra fecunda de todas as cores
Brota-se a esperança, o ouro, o turvo
O corpo outrora corroído pela míngua
está em bocas famintas
devorando o desespero humano
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