quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Olá! Tem alguém aí? Acene se puder me ouvir...
Eu preciso de algumas  informações, você pode me ajudar?
Gostaria que mantivesse um contato “invisual”, pois há uma parte em mim que fracassa ao ver ruas contornadas e derrubadas pelo sono divino.
Observe aquele garoto solitário que acaba de acenar no colo da mãe, e ela ao segurar, usa a outra mão imaginando o que poderá fazer pra conseguir usar as duas.
Ele já entende o adeus, mas os anos surgirão com toda majestade de esquecimento, e eu não posso ficar acordada esse tempo todo, presenciando o esquecimento.
Tenho a sensação de que todas as pessoas estão olhando a grande tela, a grande lente, agonizando como pedido, então desligue a cidade e apague todas as luzes.
Não sustente as praças postas à mesa, pois não possuímos nenhum monumento tão velho assim... Há uma possibilidade de eu ter existido quando eles foram erguidos. Vocês os machucaram, a ferros e cortinas enfeitadas.
Há um clima criado, perfurado, limpo após um bom banho, gelado, corpos quentes, juntos, conscientes da velha ordem. Então apague todas as luzes, talvez isso persista na dor.
Vocês traíram a revolta humana, vocês traíram a tentativa de ajuda entre aqueles amigos.
Vocês destruíram corpos, corpos que não incomodam mais, me ajude a entender isso. Eles precisam desaparecer para os seus dentes aparecerem na última página? Eles não tiveram a oportunidade de ver os fios de cabelo ganhando pigmentos como o seu.
Hoje a doce segunda inverte sua posição, mãos acariciam os braços, mas os dedos se parecem com garras.
Há um parente importunando a pequena garota pensativa, que como um ato de covardia, não move os olhos, não encara aquela demonstração de loucura e realidade. Continua a crer que a realidade tortura mais a invenção do que a própria mente.
Agora a felicidade e a sapiência respondem "Sim Senhor!" ao próprio exército.
Nada será mudado, nem mesmo quando a volta estiver completa.

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